Os cafés capixabas especiais estão conquistando cafeterias em Nova York e Los Angeles, nos Estados Unidos, e também do outro lado do mundo, na Austrália. Os grãos da bebida exportados são os vencedores do Prêmio Cafés Especiais do Espírito Santo, realizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em dezembro de 2020.
Além de premiar e incentivar a produção de cafés arábica e conilon especiais no Espírito Santo, o prêmio promoveu rodadas de negócios e a venda dos cafés. Uma delas resultou na exportação de lotes para a microtorrefação e cafeteria Sey Coffee, com sede no Brooklyn, Nova York, que tem a proposta de entregar uma seleção dos melhores, mais dinâmicos e complexos cafés do mundo. A Sey Coffee já ganhou o prêmio de melhor torrefação e cafeteria dos Estados Unidos.
Os cafés vendidos foram premiados em primeiro, segundo e terceiro lugares, na categoria arábica do prêmio. A produção dos cafés é feita nas cidades de Castelo e Brejetuba, respectivamente, pelos cafeicultores premiados William Sartori, José Antônio Romão e Valdeir de Paula. A qualidade dos cafés está rendendo elogios na “capital do mundo”, onde os provadores classificaram os cafés capixabas como exóticos, de perfil sensorial inovador e de grande complexidade de sabor.
O avaliador de café com certificação mundial Q-Grader, Rafael Marques, participou como juiz nas provas de cafés do prêmio. Ele também foi comprador dos cafés arábicas por meio da Faf Coffees, empresa responsável pela compra, conexão e exportação dos lotes campeões para as torrefações e cafeterias dos Estados Unidos e da Austrália. Os cafés foram exportados em sacas com a estampa Reserva Capixaba, um projeto criado pela empresa para ilustrar o vale onde foi produzido o café e a sua qualidade.
“Os compradores ficaram surpresos com os cafés capixabas. Destacaram que são perfis semelhantes aos cafés do Quênia, que têm grande complexidade de sabor, características únicas de terroir, que resultam em uma herança de fatores decisivos para deixar a bebida mais refinada. Não é comum encontrar no Brasil café com tamanha inovação de perfil sensorial. Isso vem para coroar o trabalho que foi feito no prêmio e, para mim, é o maior sucesso que podemos ter como pessoas que trabalham lado a lado com os cafeicultores”, disse Rafael Marques.
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